O Brasil é o segundo país do mundo com o maior índice de pessoas estressadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial sofre com o estresse e, de acordo com a Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMS), o Brasil assume o segundo lugar no mundo com o maior índice de pessoas estressadas.
A palavra estresse se origina da inglesa stress, que significa pressão ou tensão. É uma denominação moderna para um fenômeno que foi essencial para a adaptação e, consequentemente, evolução de qualquer forma de vida, especialmente a humana. Define-se o estresse como uma série de respostas do organismo diante de uma situação de ameaça ou de um dano ao seu bem-estar.
Ao detectar ameaças, nosso corpo responde com a liberação de hormônios que acarretam o aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial, da frequência respiratória e da disponibilidade de glicose no sangue, preparando-nos para a crucial questão: lutar ou fugir. Essa decisão envolve também o nosso cérebro, que controla o estado de alerta (afinal, é preciso decidir) e o nosso comportamento (correr ou ficar). Uma vez controlada a ameaça, nosso organismo se reorganiza, alcançando um novo estado de equilíbrio.
Esses mecanismos foram essenciais para a sobrevivência de nossos antepassados e ainda são importantes. No entanto, tornam-se prejudiciais quando ocorrem de maneira contínua, intensa e sem a existência de uma rede de suporte que possa, de alguma maneira, diminuir seus efeitos.
O estresse é considerado um dos principais problemas de saúde de nosso tempo, e seu estudo constitui um vasto campo multidisciplinar de pesquisas que evidenciaram a profunda relação entre os fatores sociais e a saúde das pessoas. A vivência de situações de estresse intensas sem uma rede afetiva de suporte, principalmente nos primeiros anos de vida, faz com que o indivíduo cresça com problemas emocionais que serão um obstáculo para seu bem-estar e uma vida saudável.
Muitas doenças ocasionadas pelo estresse se iniciam na infância, como o Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT) e depressão.
TEPT
O TEPT é um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais que se manifesta no portador após ele sofrer ou testemunhar situações violentas ou traumáticas.
Quando se recorda do fato, o indivíduo revive o episódio como se estivesse acontecendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais, que atrapalham a vida funcional do indivíduo.
Depressão
Existem alguns fatores que podem contribuir para que uma pessoa seja suscetível à depressão e, consequentemente, ao suicídio. Podemos destacar os chamados de vulnerabilidade, que são intrínsecos àquele indivíduo, e os estressores, que são eventos que funcionam como gatilhos para as crises. Os episódios traumáticos por exemplo podem ser caracterizados como um tipo de fator estressor.
Entre os sintomas mais comuns que o paciente apresenta quando está desenvolvendo a depressão estão a mudança de sono, alteração no apetite, angústia frequente, oscilação emocional e outros. Para saber mais, você pode conferir nosso artigo sobre o assunto ao clicar aqui. Vale ressaltar que, quanto mais cedo o tratamento psicológico e psiquiátrico for iniciado, menos chances o paciente tem de desenvolver pensamentos suicidas.
O autocuidado, que envolve a busca por equilíbrio na vida, acompanhamento psicológico e hábitos saudáveis, é o caminho para que o indivíduo saiba lidar com os desafios da vida e assim impedir que um estresse momentâneo se torne uma doença crônica e prejudicial a sua saúde física e mental.
*Equipe de Saúde/Comunicação Lancers
