Atualmente, cerca de 65 mil pessoas ainda aguardam por transplantes.
Hoje é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, um ato nobre que pode salvar vidas. Você sabe como funciona o processo para se doar um órgão? Veja com a gente!
O que é?
A doação de órgão, também conhecida como transplante, é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo repor um órgão ou tecido doente de uma pessoa por outro órgão ou tecido saudável de um doador vivo ou morto.
O paciente que recebe esse órgão, ou tecido, tem uma doença que não responde mais a tratamentos, por esse motivo necessita de um transplante, sendo a última alternativa terapêutica.
Doador vivo
A lei determina que o doador vivo precisa ser maior de idade e capaz juridicamente para doar órgãos a seus familiares. Entretanto, no caso de doador vivo não aparentado, é exigida autorização judicial prévia.
Cabe ao médico avaliar o histórico de saúde e doenças prévias desse doador. Vale ressaltar que a compatibilidade sanguínea é essencial em todos os casos.
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.
Doador não vivo
O processo de transplante de um doador não vivo começa dentro de uma unidade de hospital, onde o paciente está na emergência ou UTI. Após ser confirmada a morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, é necessário que a família autorize ou não a doação de seus órgãos.
Segundo a legislação, a família que será a responsável por essa decisão, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos registrada no documento de identidade do paciente falecido.
O doador não vivo pode doar:
- Órgãos – rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino;
- Tecidos – córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele e artérias.
Após ser realizada a doação, a Central de Transplantes do Estado é informada e, através de seu registro de lista de espera, seleciona seus receptores mais compatíveis.
Receptor
Para que o receptor possa entrar na lista de espera, é necessário encaminhá-lo para um especialista devidamente credenciado no Ministério da Saúde a fim de confirmar a necessidade de um transplante.
Após exames específicos e detectada a real necessidade do transplante, o paciente é inserido no sistema de lista única, que contém pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e da saúde privada. Essa lista é organizada de acordo com a gravidade da saúde, tipagem sanguínea e tempo de espera de cada receptor
Atualmente, cerca de 65 mil pessoas aguardam por transplantes; número que assusta os receptores e seus familiares. Esse índice tem como principais causas:
- O número baixo de doadores – mesmo que o doador tenha o registro de doador de órgãos, em caso de óbito, a palavra final é da família, que, muitas vezes, não autoriza a doação de seus órgãos;
- Captação inadequada de órgãos e tecidos – quando isso acontece, o transplante não pode ser realizado.
Portanto, é preciso refletir e incentivar a doação de órgãos, para que se diminua o tempo de espera dos receptores na fila.
Seja um doador e salve vidas!
*Equipe de Saúde/Comunicação Lancers