O aleitamento materno, além de ser mais econômico, é uma forma de proteção natural que fornece inúmeros benefícios à saúde da criança.
Como a maioria das pessoas sabem, o bebê, até seus primeiros seis meses de vida, deve alimentar-se apenas com o leite materno, pois esse tipo de leite já fornece todas as vitaminas e nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável nessa fase inicial da vida. Após esse período, a criança pode digerir outros alimentos, entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda manter a amamentação até, pelo menos, dois anos de idade, tendo em vista os benefícios que ela proporciona ao fortalecimento da saúde da criança.
Os benefícios (da) amamentação
Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno, além de ser mais econômico, é uma forma de proteção natural à saúde da criança que, entre seus benefícios, estão:
– fortalece o sistema cardiovascular, nervoso e imunológico;
– protege contra infecções intestinais, respiratórias, bem como alergias;
– facilita a digestão e reduz cólicas;
– evita doenças graves na vida adulta.
Dados estatísticos
De acordo ainda com o Ministério, a amamentação exclusiva até os seis meses de vida chegou atualmente no Brasil aos 46%. Um ponto positivo para o nosso país ao consideramos que a OMS estipulou uma meta de 50% a ser atingida pelos países até 2025. Já o índice de amamentação para menores de quatro anos passou de 4,7% (1986) para 60% (2020).
Qual é a forma correta de amamentar?
Segundo Victor Bittencourt, médico e diretor técnico da Lancers, é fundamental garantir a técnica correta na hora da amamentação para obter o sucesso da alimentação do bebê e evitar lesões, mastite e outros problemas maternos.
“A mãe deve estar confortável, sentada, inclinada ou deitada mantendo seu bebê na altura da mama com cabeça e tronco alinhados. Ambas as mamas devem sem oferecidas, e nunca deixe de esgotar o leite da última mama utilizada antes de fazer a troca para que, assim, a porção mais calórica do leite seja fornecida e evitemos o endurecimento do leite na mama. Durante a amamentação, o queixo do bebê deve tocar a mama e sua boca deve estar bem aberta para garantir que abocanhe mamilo e aréola. Sempre peça para seu pediatra analisar sua técnica de amamentação em consulta de rotina” – Informa o médico.
Doação de leite humano – um ato que salva vidas
Não só a amamentação é importante, como também a doação de leite humano. Agora que compreendemos os benefícios da amamentação, já temos a ciência da diferença que ela pode fazer a um recém-nascido que necessita de doação.
Você sabia que um leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia? É um ato de amor que salva vidas. No Brasil, cerca de 150 mil litros de leite materno são coletados todos os anos e distribuídos aos bebês de baixo peso que estão internados e não podem ser amamentados pela própria mãe. E para fazer a doação, basta que a mulher esteja amamentando, seja saudável e não tome nenhum medicamente que interfira na amamentação.
Existem cerca de 222 bancos de leite humano e 217 postos de coleta em nosso país. Caso você tenha interesse em doar, procure um banco de leite mais próximo ou ligue para o Disque Saúde, no número 136.
O leite materno salva vidas.